A cerca de 1 ano, após a descoberta de Pedro alvares Cabral, o navegador Américo Vespúcio chegou à foz de um enorme rio que desaguava no mar, a data era 04 de outubro de 1501, dia de São Francisco, santo cuja homenagem os navegadores batizaram o rio. Os índios abitavam aquela região e chamavam o grande rio de Opará, assim como chamam até hoje, o que significa Rio-Mar. Desde então os índios e quilombolas começaram uma luta constante contra a exploração no grande Opará.
Na descoberta de várias riquezas no rio, os aventureiros foram tirando os direitos dos índios e iniciando domínio da região, cenário que perdura até os dias de hoje. Há ainda homens tentando cada vez mais explorar as riquezas do grande rio e povos indígenas e quilombolas numa luta incessante para que, mesmo muito debilitado, o nosso velho chico não morra. São muitas as tribos indígenas e quilombolas que moram atualmente às margens do São Francisco e vem sofrendo com assoreamento, poluição e falta de consciência humana.
Baseado em tais fatos, o Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental, a Caritas Brasileira, a Associação PROVIDA vem incluindo diversas capacitações de conscientização dentro do programa Minha Escola Solar. Hoje foi dia dos alunos da Escola Estadual Indígena Luiz Pereira Leal visitar a prainha do Coité, ponto turístico da cidade de Itacuruba-PE, e se depararam com um grande descaso, uma enorme quantidade de lixo às margens do velho Chico.
Viemos através desse trabalho também conscientizar a sociedade de que esse não é só um problema político, é um problema moral de cada ser humano exercer o seu papel como cidadão e como responsável pela vida.
Solicitamos aos poderes públicos de Itacuruba que façam a limpeza do local e apelamos aos donos de bares e visitantes que tenham consciência de não mais jogar lixos à beira do Rio.
Encontramos entre tudo, muitas garrafas PETs, que poderiam ser reutilizadas de diversas formas. Quando chove essas garrafas descem para o rio, que desaguam no oceano e chegam a matar milhares de animais. Levando em consideração que o plástico leva milhões de anos para se decompor no meio ambiente.
A campanha Escola Solar na cidade de Itacuruba, na Aldeia Pankará, Cacique Cícera, não consiste apenas na instalação de placas solares na escola, mas também em diversas oficinas de conscientização para os alunos de tudo que eles têm a sua volta. O desenvolvimento e o meio ambiente precisam andar de mãos dadas.
- Claudia Leal / Associação PROVIDA
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