Em coletiva de imprensa, no Recife, nesta quinta-feira (15), a Polícia Civil de Pernambuco detalhou que Neto Santos portava identidade falsa e havia mudado de aparência. Ele pintou os cabelos e usava documentação falsa no nome de Gustavo Abadie de Freitas.O eletricista José Reginaldo foi assassinado, em 29 de setembro de 2020, após realizar a suspensão legal do fornecimento de energia por inadimplência da propriedade rural Haras Vovô Zito, que pertence a Neto Santos.
Após o corte da energia, o fazendeiro tentou obrigar o eletricista a religar a energia, mas, diante da negativa, atirou contra o eletricista usando uma arma de fogo. José Reginaldo morreu no local.
De acordo com o delegado de Limoeiro, Fabrício Pimentel, polícias de outros estados do Nordeste repassavam informações sobre o possível paradeiro de Neto Santos durante as investigações do crime.
"As informações que foram chegando para a gente é que ele não teria saído do Nordeste. A gente ia averiguando essas informações e ia confirmando que realmente tinha passado por essa e outra localidade até conseguir lograr êxito na prisão no Maranhão", detalhou.
O fazendeiro foi localizado numa residência que tinha adqurido no Maranhão. "Ele estava vivendo ali, apresentando documentação falsa, tinha feito modificação em sua aparência física. Trocamos informações com a polícia do Maranhão", acrescentou Fabrício.
O inquérito policial foi instaurado. Neto Santos foi indiciado por homicídio qualificado por motivo futil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O fazendeiro também foi indiciado por constrangimento ilegal majorado pelo emprego de arma de fogo cometido contra o eletricista que acomphava José Reginaldo na ação de corte energia.
No momento da prisão, Neto Santos também portava munições calibre .38 e dinheiro em espécie.
O delegado seccional de Limoeiro, Herbert Martins, explica os procedimentos após a prisão de Neto Santos no Maranhão.
"Foragido no Maranhão, ele cometeu outros crimes: posse de munição e uso de documento falso. As penas terão que ser cumpridas no Maranhão e depois ele será recambiado para Pernambuco. Os prazos dependem das Varas [da Justiça]", explicou.
O superintendente de operações da Celpe, Evandro Simões, classificou a prisão do fazendeiro como uma resposta para a sociedade contra a impunidade.
"A polícia mostrou isso localizando um bandido tão distante do local onde o crime foi ocorrido. Casos como esse reforçam nossa segurança para dar melhores condições de os funcionários executarem seus trabalhos", pontuou.
A Celpe havia ofertado recompensa de até R$ 20 mil pelo paradeiro do fazendeiro.
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