O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou nesta sexta-feira (27) que o banco utilizará agência, lotéricas, correspondentes e celulares para realizar o pagamento do auxílio de R$ 600 a trabalhadores informais em razão da pandemia do coronavírus.
Para quem não é correntista da Caixa, disse Guimarães, deve ser adotado um calendário para o pagamento do benefício, para evitar um número muito grande de pessoas nas agências de uma só vez. (leia mais abaixo).
A proposta prevê o pagamento do valor por até 3 meses aos informais e estabelece que, no caso de mulheres que forem mães e chefes de família, o valor poderá ser de R$ 1,2 mil. O pagamento do auxílio emergencial é limitado a duas pessoas da mesma família.
O projeto já foi aprovado pela Câmara e ainda depende do aval do Senado Federal ? a votação está prevista para a próxima segunda (30). Depois, segundo Guimarães, será preciso que o governo federal publique um decreto sobre o tema para que os pagamentos sejam feitos.
Inicialmente, quando anunciou a medida, o governo federal propôs o pagamento de R$ 200 aos informais. A medida foi criticada e, o valor, considerado muito baixo. A elevação para R$ 600 aconteceu depois de acordo com o Congresso.
Ela faz parte do conjunto de medidas adotadas pelo governo para combater os efeitos na economia da crise gerada pela epidemia do novo coronavírus.
Não correntistas e sem conta bancária
Perguntado sobre quando os pagamentos terão início, Guimarães informou que será feita na próxima semana uma entrevista com mais explicações sobre o auxílio.
"A Caixa como sempre realizará pelas agências, pelos lotéricos, pelos correspondentes e pelo celular a grande maioria desses pagamentos", disse Guimarães.
Guimarães foi questionado sobre a situação de trabalhadores sem conta bancária. O presidente da Caixa afirmou que o banco "provavelmente" adotará um calendário, a exemplo do utilizado nos saques do FGTS.
"Provavelmente será da mesma maneira que fizemos no saque-imediato do FGTS, exatamente para evitar que 30 ou 40 milhões de pessoas vão no mesmo dia, na mesma hora, numa agência ou numa lotérica", afirmou.
Para quem tem conta em outro banco que não a Caixa, Guimarães disse que deverá ser possível fazer a transferência sem custo. O tema é discutido com o INSS, que operacionalizará a base de beneficiados.
"Nós temos um aplicativo do FGTS e nós transferimos para qualquer banco de graça. O objetivo aqui neste momento é ajudar a população e nós estamos trabalhando no aplicativo, não há nenhuma necessidade da Caixa, ou seja, como o custo é marginal, muito baixo, nós poderemos, sim, realizar a transferência para qualquer banco de graça", disse.
Guimarães espera que 80% dos pagamentos sejam feitos em agências, lotéricas ou por aplicativo de celular.
Por G1