Mais um militar suspeito de participar do sequestro de Alex Cirino, testemunha de operação que investiga policiais envolvidos em ações de milícia na Bahia, teve a prisão decretada e se entregou nesta quinta-feira (29). A informação foi divulgada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).
De acordo com o MP-BA, o oficial teve a prisão decretada com base nas evidências colhidas na “Operação Cáfila” deflagrada na quarta-feira (28) pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O PM era considerado foragido pois não foi achado após o decreto de prisão. Entretanto, no período da tarde desta quinta-feira, ele compareceu ao 20º Batalhão da PM, no município de Paulo Afonso, onde é lotado. O carro usado para o sequestro da testemunha também foi apreendido durante a tarde no estado de Alagoas.
Segundo a decisão judicial que determinou a prisão temporária do oficial suspeito de envolvimento no sequestro da testemunha Alex Cirino, diálogos do suspeito comprovam que ele sabia de todos os fatos ocorridos durante o crime, havendo, portanto, indícios suficientes do seu provável envolvimento no sequestro.
Outra medida
Além do decreto de prisão do PM, o Ministério Público informou que foi deferida pela Justiça a prorrogação, por mais 180 dias, do afastamento do tenente-coronel Carlos Humberto da Silva Moreira, também suspeito de integrar uma organização criminosa voltada para prática de diversos crimes de homicídio, tráfico de drogas, organização criminosa, entre outros delitos típicos de atividade de milícia, como tortura e extorsão. Ele foi alvo da “Operação Alcateia”.
Com a renovação do afastamento do tenente-coronel, o oficial superior está proibido de ingressar nas dependências das estruturas da Polícia Militar do Estado da Bahia (PM-BA) e de entrar em contato, por qualquer meio, com os membros da corporação e de utilização dos serviços da instituição militar.
A Operação Alcateia foi deflagrada em duas fases: a primeira no dia 29 de outubro de 2020, com a prisão de seis pessoas, e a segunda, dia de 27 de novembro, para cumprimento de 11 mandados de prisão preventiva.
À época, o MP afirmou que a operação teve por objetivo desarticular organização criminosa que vinha praticando diversos crimes de homicídio, tráfico de drogas, além de outros delitos típicos de atividade de milícia, como tortura e extorsão.
O afastamento do tenente-coronel tem como objetivo garantir a integridade da instrução criminal, uma vez que foi evidenciado pelo MP-BA que o réu utilizava-se do cargo público para praticar ou facilitar atos ilícitos cometidos pela organização criminosa.
Investigações
A Operação Alcateia foi deflagrada em duas fases: a primeira no dia 29 de outubro de 2020, com a prisão de seis pessoas, e a segunda, dia de 27 de novembro, para cumprimento de 11 mandados de prisão preventiva.
À época, o MP afirmou que a operação teve por objetivo desarticular organização criminosa que vinha praticando diversos crimes de homicídio, tráfico de drogas, além de outros delitos típicos de atividade de milícia, como tortura e extorsão.
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