Na manhã desta segunda-feira (06) foi realizada uma reunião no escritório da Agência Peixe Vivo, em Maceió (AL), entre o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda, o vice-presidente do CBHSF, Maciel Oliveira e o superintendente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e membro do CBHSF, Roberto Lobo, para tratar do problema das plantas aquáticas de nome científico Elodeacanadensis que estão se alastrando no rio São Francisco.
Estas plantas aquáticas estão invadindo os cursos d?água, e com isso vem trazendo alguns prejuízos ambientais e aos equipamentos da Casal. No último final de semana, as plantas entupiram uma das bombas da Companhia, situada no município de Pão de Açúcar (AL) que terminou queimando. Diante disso, os habitantes de 19 cidades que são abastecidas através dessa bomba ficaram prejudicados.?Infelizmente estamos funcionando atualmente com apenas 50% do bombeamento para a bacia leiteira e muitas comunidades estão sendo prejudicadas com isso. Contratamos pescadores da região para retirar as plantas do local, mas no dia seguinte outras da mesma espécie invadiram o espaço. Sempre houve a incidência de elodeas na região, mas agora com o verão e a diminuição da vazão do rio São Francisco, a reprodução da planta torna-se mais acelerada?, explicou.
Lobo acrescentou que outros municípios poderão ser prejudicados caso não haja uma ação preventiva que evite a obstrução das bombas. ?A captação em outras cidades como Arapiraca e regiões circunvizinhas correm o risco de terem prejuízos. A Casal já está tomando algumas providências, inclusive colocou uma tela para evitar que elas avancem. Mas, na verdade tudo isso poderia ser solucionado, acredito eu, com o aumento da vazão do rio para levar essas plantas aquáticas para o mar?.
Veja mais fotos do avano das plantas aquáticas:
Para o presidente do Comitê, Anivaldo Miranda, mesmo em proporção menor que a ocorrida em Paulo Afonso (BA), o grande número das elodeas que atingiu os motores da Casal em Pão de Açúcar (AL) trouxe danos ao abastecimento humano. ?Infelizmente a reprodução dessas plantas aquáticas aumentam devido ao lançamento no rio São Francisco de esgotos in natura, por falta de estações de tratamento de efluentes domésticos e de outros nutrientes, como por exemplo, os fertilizantes que chegam ao leito do rio em função dos desmatamentos de matas ciliares. Tudo isso se agrava no contexto de diminuição das vazões no baixo São Francisco no período do verão?, finalizou.